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11 de fevereiro de 2014
Da Redação
A multinacional sueca Meda já iniciou suas operações de venda no Brasil, comercializando produtos adquiridos da Roche. Através do foco na distribuição desses produtos, a empresa pretende dar sua contribuição para que os médicos possam receitar medicamentos já consagrados, com a segurança de que o paciente terá mais facilidade para encontrá-los nos pontos de venda.
O processo de introdução da Meda no Brasil passa por duas etapas: a primeira, quando a empresa assumiu a distribuição exclusiva de produtos adquiridos da Roche e, a segunda, quando, após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a empresa se tornará a detentora desses registros e de outros que estão sendo submetidos.
O presidente e CEO da empresa, Jórg Thomas Dierks, explica a visão estratégica da companhia sobre o começo das operações no Brasil: “Estamos avançando no terceiro estágio do nosso planejamento, lançando novos produtos e, em paralelo, investindo na expansão em novos mercados.”
A Meda vem crescendo exponencialmente desde a sua fundação e, atualmente, já ocupa a 48ª posição no ranking mundial, tendo subido duas posições em relação a 2012. Possui operação própria com mais de 55 países e disponibiliza seus produtos em mais de 120, por meio da exportação, cobrindo cerca de 81% do mercado farmacêutico mundial.
A empresa foi formada a partir da comercialização de produtos especiais, medicamentos desenvolvidos com base no modelo incremental ou adquiridos no mercado. Um exemplo de aquisição é o Tilatil* (tenoxicam), medicamento fabricado pela Roche, distribuído pela Meda no Brasil e indicado para o tratamento de doenças inflamatórias, como artrite reumatoide, osteoartrite, artrose, afecções extra-articulares, como tendinite, bursite e dor pós-operatória.
De acordo com as últimas estimativas da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), as doenças reumáticas atingem cerca de 12 milhões de brasileiros. Outro medicamento fabricado pela Roche e também adquirido e distribuído agora pela Meda é o Marcoumar (femprocumona), usado para a profilaxia e tratamento de tromboses e para o tratamento de embolias e infarto do miocárdio. Com ou sem dor, o infarto é uma das principais causas de mortes no Brasil.
Conforme dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a doença é responsável por 27% das mortes no País, um índice superior ao de mortalidade por câncer. Além das áreas de reumatologia – dor e inflamação – e cardiologia, a companhia também atuará nas áreas terapêuticas respiratória/alergia e dermatologia.
LANÇAMENTOS
Para o futuro, a Meda Brasil possui planos de expansão lançando novos medicamentos, por aquisição ou por meio de desenvolvimento próprio. “Alguns desses medicamentos desenvolvidos já foram submetidos à aprovação da Anvisa e serão novas alternativas de tratamento que vão ampliar o arsenal terapêutico da classe médica, para doenças já bastante conhecidas”, comenta a gerente-geral da Meda no Brasil, Alessandra Volpon Marques.
A previsão para os próximos três anos é de que a empresa lance, ao menos, dois produtos inovadores, ambos desenvolvidos pela Meda. Eles serão destinados ao tratamento de rinite alérgica e farão parte de um mercado de mais RS 372 milhões (IMS – MAT jul/2013). “A expectativa com o principal produto, dentre esses dois, é alcançar em 18 meses cerca de 5% de market share em unidades, com um mercado que possui, atualmente, 18 concorrentes.
Apenas para referência, nos EUA, o produto foi lançado há pouco mais de um ano e já assumiu a posição de segunda marca mais prescrita na classe terapêutica”, ressalta a executiva. A companhia também está se programando para retomar alguns produtos inovadores e exclusivos, que estão hoje sendo trabalhados por outras empresas. Tais produtos ainda requerem investimentos promocionais e de educação médica continuada. O portfólio total pretendido até 2016 engloba pelo menos dez produtos.
Segundo a executiva, as perspectivas são muito boas, considerando o foco da companhia em produtos especiais – adquiridos no mercado ou desenvolvidos com base no modelo incremental. Esse tipo de produto proporciona à Meda um grande dinamismo na formação e atualização do seu portfólio, pois promove equilíbrio financeiro, uma vez que os produtos adquiridos, normalmente, são estabelecidos e, por isso, tornam-se fundamentais para a geração do fluxo de caixa.
“Já os produtos provenientes do crescimento orgânico, por serem medicamentos desenvolvidos a partir dos últimos estágios dos estudos clínicos, conseguem ser disponibilizados para o mercado mais rapidamente e por um custo menor, promovendo ao mesmo tempo valor agregado à classe médica e acesso aos pacientes”, finaliza Alessandra.
Fonte: Anuário Farmacêutico 2014 – Editora Contento
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