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26 de novembro de 2018
Os genéricos e similares foram os campeões de vendas de medicamentos no Brasil em 2017. De acordo com dados inéditos da Anvisa, esses produtos alcançaram a marca de 2,9 bilhões de embalagens comercializadas no ano passado, o que representou 65% do total de caixas de medicamentos vendidas no país (4,4 bilhões).
Separados, os números são os seguintes: mais de 1,5 bilhão de caixas de genéricos comercializadas (34,6% do total) e mais de 1,3 bilhão de embalagens de medicamentos similares vendidas (30,6%).
Juntos, esses dois tipos de medicamentos foram responsáveis por 4.770 itens (72,4%) do total de produtos cadastrados pela indústria farmacêutica. Também representaram um terço do faturamento global do setor, chegando a R$ 23,5 bilhões em produtos comercializados – 33,9% do total das vendas.
Os dados confirmam um fato importante: a participação dos medicamentos genéricos e dos similares (que atendem às mesmas exigências regulatórias que os genéricos) no mercado nacional coloca o Brasil em nível próximo ao de países como os Estados Unidos (EUA) e o Canadá.
Para a Anvisa, as informações também indicam o êxito da política pública nacional de acesso a medicamentos e a confiança da população brasileira nessa classe de produtos, que custam no mínimo 35% menos para os consumidores do que os medicamentos de referência.
As estatísticas mostram que o percentual de comercialização de genéricos em 2017 foi maior do que os percentuais de 2016 (32,4%) e de 2015 (30%), o que indica um crescimento contínuo das vendas desses produtos.
No ano passado, o volume de negócios envolveu 88 empresas produtoras de genéricos, que, juntas, venderam um total de 2.450 produtos diferentes, em 4.202 apresentações. Sozinhos, os genéricos renderam R$ 9,3 bilhões.
Outro dado interessante é que 63% do faturamento total dos genéricos foi composto por medicamentos com preço de fábrica inferior a R$ 25 por unidade. Apenas 9% ficaram acima da faixa de R$ 250.
Entre as 20 maiores empresas produtoras dessa classe de medicamentos, teve destaque a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), laboratório público que ocupou o 10º lugar no ranking, com vendas entre R$ 250 milhões e R$ 500 milhões em 2017.
Especificamente em relação aos medicamentos similares, 149 empresas produziram um total de 2.320 produtos, em 4.409 apresentações diferentes, com faturamento de R$ 14,1 bilhões.
Além dos genéricos e similares, existem outras três categorias de medicamentos: biológicos, específicos e novos.
De acordo com os dados sobre o mercado farmacêutico, os medicamentos novos, em termos de quantidade de vendas, ocuparam a terceira posição no ano passado, com 905,1 milhões de embalagens comercializadas. No entanto, esses medicamentos foram os que apresentaram maior faturamento (R$ 26,5 bilhões). Percebe-se, porém, uma queda consistente no faturamento desses produtos nos últimos três anos – 40% em 2015, 39,4% em 2016 e 38,2% em 2017.
No sentido oposto, os medicamentos biológicos, embora representem a menor quantidade de unidades vendidas em 2017 (168,1 milhões), apresentaram o maior crescimento em faturamento, passando de 16% (2015) para 22% (2017) do total de vendas registradas no país.
Com relação aos medicamentos específicos, a quantidade de embalagens comercializadas chegou a 469,6 milhões (10,5%), gerando um faturamento de R$ 3,9 bilhões (5,7%).
Os dados são da terceira edição do Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico, produzido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) com base em informações de 2017. A publicação traça o perfil da indústria brasileira e traz dados detalhados sobre a quantidade de produtos farmacêuticos comercializados, faturamento, tipos de medicamentos mais vendidos, principais finalidades de uso dos produtos (tratamentos) e rankingdas empresas produtoras, além de características regionais do mercado, entre outros tópicos.
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