09 de outubro de 2024
24 de agosto de 2022
ACESSA lança Prêmio Autocuidado em Saúde
A Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde – ACESSA – anunciou neste ano a primeira edição do Prêmio Autocuidado em Saúde. Buscando incentivar ações de autocuidado para a população.
O objetivo é reconhecer profissionais, empresas e instituições que atuam para desenvolver projetos, pesquisas, campanhas, produtos, serviços e tecnologias que fazem a diferença no desenvolvimento do conceito de autocuidado em saúde.
As inscrições para o prêmio já estão abertas e podem ser feitas até o dia 30 de setembro e podem concorrer trabalhos realizados ou publicados em território nacional entre junho de 2021 e junho de 2022.
Para entender melhor a organização e o lançamento do Prêmio Autocuidado em Saúde, conversamos com Rodrigo Garcia, presidente da ACESSA:
Em que consiste o Prêmio Autocuidado em Saúde?
O Prêmio Autocuidado em Saúde ACESSA busca reconhecer profissionais, empresas e instituições que atuam para desenvolver projetos, pesquisas, campanhas, produtos, serviços e tecnologias, que façam a diferença no desenvolvimento do conceito de autocuidado em saúde. A 1ª edição do Prêmio conta com quatro categorias, embasadas nos sete pilares do autocuidado estipulados pela OMS: uso racional e consciente de serviços e produtos de saúde, boa nutrição, saúde mental, prática de atividade física regular, abandono de atitudes de risco (como o álcool em excesso e cigarro), higiene pessoal e do ambiente e busca por conhecimento e informações confiáveis em saúde.
As categorias são as seguintes:
COMUNICAÇÃO EM SAÚDE E AUTOCONHECIMENTO – Contempla dois pilares do autocuidado: informação em saúde e autoconhecimento e saúde mental. Está aberta a soluções para promover a capacidade dos indivíduos em obter, processar e entender informações básicas em saúde para tomar decisões de saúde apropriadas, assim como a iniciativas em prol do bem-estar mental e autoconsciência.
ESTILO DE VIDA – Partindo dos pilares atividade física e alimentação saudável, abrange projetos, pesquisas e demais iniciativas com foco em oferecer opções para vencer o sedentarismo e buscar uma dieta equilibrada, como forma de melhorar o funcionamento do organismo e prevenir doenças.
PROMOÇÃO À SAÚDE – Baseada nos pilares consciência de atitudes de risco e boa higiene, é destinada a campanhas e intervenções que visem evitar ou reduzir comportamentos que aumentem diretamente o risco de doenças ou morte e também práticas pessoais ou ambientais que previnam a propagação de doenças.
USO RACIONAL DE MIPS E OUTROS PRODUTOS – Abrange soluções que se apoiem no pilar do uso racional e responsável de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) e outros produtos e serviços para o autocuidado, envolvendo o gerenciamento seguro e eficaz da saúde do indivíduo, quando apropriado, utilizando-se de medicamentos, produtos ou serviços sem a necessidade de prescrição de um profissional de saúde.
Como surgiu a ideia e o que se objetiva com essa ação?
A inspiração partiu da consciência do autocuidado, especialmente em tempos de pandemia, em que a preservação da saúde teve grande importância, junto às pessoas, famílias e comunidades, além de empresas de serviços e produtos de saúde, formadores de opinião e criadores de políticas públicas – atuantes em diferentes níveis e com diferentes responsabilidades – o que foi muito benéfico para a sociedade como um todo.
Diante desse cenário e com o intuito de destacar, reconhecer e premiar profissionais, empresas e instituições que atuam na promoção do Autocuidado, a ACESSA decidiu anunciar o lançamento da 1ª edição do Prêmio Autocuidado em Saúde. A Entidade também acredita que é importantíssimo encorajar cada indivíduo a aumentar o conhecimento sobre o cuidado com sua saúde, o que pode ser uma estratégia altamente eficaz para otimizar recursos do sistema de saúde e torná-lo sustentável.
Por que é preciso dar evidência cada vez maior na consciência do autocuidado, que ganhou ainda mais relevância em cenário de pandemia?
O autocuidado consiste em uma maior autoconsciência sobre a própria saúde, além do empoderamento do consumidor. E, sem dúvidas, especialmente durante a pandemia, a sua importância foi enfatizada. Portanto, a aplicação dos chamados sete pilares do autocuidado, também estabelecidos pela OMS, é primordial para a manutenção de uma boa saúde e qualidade de vida. O autocuidado é uma prática constante e que deve ser exercitada todos os dias através de atividades rotineiras. É possível obter grandes mudanças na qualidade de vida pela adoção de pequenos hábitos no dia a dia.
Qual é o trabalho que vem sendo divulgado pela ACESSA para a ampla divulgação sobre a importância de atitudes simples?
A ACESSA tem como missão primordial ter representatividade na defesa do “Autocuidado em Saúde”, por meio da atualização e intercâmbio de informações junto aos stakeholders, com a promoção e cooperação na divulgação de dados e pesquisas, atuação na categoria de indústrias de produtos e serviços relacionados ao autocuidado em saúde, incluindo MIPs, de maneira consciente, responsável e segura, esforços juntos aos stakeholders do Autocuidado em Saúde, apoiando o sistema de saúde, por meio da educação, informação e conscientização dos brasileiros. Tudo isso com vistas a cumprir seu objetivo, qual seja o de entregar à sociedade informação, educação e conscientização, visando apoiar as pessoas no acesso à saúde e bem-estar, através da aplicação do autocuidado em sua saúde no seu cotidiano.
Existem outras ações que estão desenvolvendo? Quais?
O Prêmio Autocuidado em Saúde é um deles. A ação é voltada a reconhecer profissionais, empresas e instituições que atuam para desenvolver projetos, pesquisas, campanhas, produtos, serviços e tecnologias que façam a diferença no desenvolvimento do conceito de autocuidado em saúde. As indicações à premiação podem ser feitas até o dia 30 de setembro e podem concorrer trabalhos realizados ou publicados em território nacional entre junho de 2021 e junho de 2022.
É possível mensurar os resultados referentes a ações de autocuidado?
Segundo a própria OMS, reduzir fatores de risco pessoais, como inatividade física ou uso de tabaco, por exemplo, pode prevenir 81% das doenças do coração. Ou seja, poderiam ser evitados se o autocuidado fosse uma prática adotada pelos países como parte de uma política pública de saúde. O empoderamento e a educação da sociedade, além de impactar na qualidade de vida da população, também podem gerar uma economia ao setor de saúde no geral. A educação é de grande importância para toda a sociedade, para que se possa ter acesso a dados e informações verídicas de qualidade, além de contribuir com a sustentabilidade do setor de saúde, visto que já é comprovado que quando as pessoas conseguem se autocuidar, elas utilizam menos o sistema. Esse impacto é positivo, tanto para a população, que se expõe menos a riscos, quanto para o sistema de saúde.
Estudo realizado pela Fundação Instituto de Administração (FIA), intitulado ‘Utilização de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) e economia gerada para os sistemas de saúde’, publicado em 2017, mostrou que o uso de MIPs gera uma economia anual de R$ 364 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS). O levantamento ainda trouxe que, para cada R$ 1,00 investido no consumo deste tipo de medicamento, há uma economia para o setor público de saúde de até R$ 7,00. Isso acontece devido à redução das faltas ao trabalho (absenteísmo), idas desnecessárias aos consultórios médicos e aos serviços de pronto atendimento e ainda quando se evita a realização de exames diagnósticos para questões simples de saúde.
Como todos podem ajudar a dar maior amplitude a essas mensagens?
Com a atuação e participação do Governo, promovendo políticas públicas e com a repercussão de que atitudes simples e benéficas no cotidiano podem promover saúde física e financeira para população e o sistema de saúde, seja ele público ou privado.